Cooperacre, Sebrae e Secretaria de Agricultura debatem nova marca coletiva da castanha-do-Brasil, que será lançada no Acre

Com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva da castanha e agregar valor à produção extrativista, o presidente da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), José Rodrigues de Araújo, reuniu-se nesta quarta-feira, 3, na sede da cooperativa, com representantes do Sebrae e da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) para tratar da nova marca coletiva da castanha-do-Brasil, produto beneficiado pela Cooperacre.


O objetivo da criação de uma nova marca é desenvolver um modelo onde o produto possa ter maior alcance de mercado ao mesmo tempo que atua na melhoria da geração de renda para os produtores agroextrativistas, como explicou o presidente da Cooperacre, José Rodrigues de Araújo, que também agradeceu as parcerias.
 
“Em quero agradecer a parceria com o Sebrae e Seagri, através do Governo do Estado para que possamos trabalhar numa marca coletiva da castanha. Já temos uma marca, mas agora estamos desenvolvendo um novo modelo onde tenhamos a garantia de mercado e um preço diferenciado. É essa a intenção, poder trazer aos nossos produtores agregação de valor dentro do nosso produto da castanha e ainda ter a oportunidade de capacitar todos esses produtores e as cooperativas singulares em boas práticas para a coleta desse produto”, disse.
 


A nova marca também tem o papel de apresentar um produto mais inovador e com tecnologia, como disse o analista do Sebrae, Francinei Santos. “A ideia comercial é nós trabalharmos numa marca coletiva para que esses extrativistas e esses organismos sociais cheguem com muito mais força, inovação, tecnologia e sustentabilidade, gerando grandes oportunidades de negócios no mercado local, regional, nacional e até internacional”, declarou.


A castanha-da-Amazônia é o produto carro-chefe da Cooperacre, beneficiando diretamente 2.343 famílias extrativistas e promovendo a sustentabilidade de produtos da região. A nova marca possui como um dos propósitos trazer consigo a história dessas comunidades e a luta ambiental, como ressaltou a Chefe da Divisão de Extrativismo e Sociobiodiversidade da Seagri, Eneide Taumaturgo.


“Como a Cooperacre já é expert no assunto da castanha no estado do Acre, vai agregar ainda mais valor, identificando qual é a origem dessa castanha, qual a comunidade, qual o município, vai contar a nossa história e levar para o mundo. E a castanha da Amazônia, de qualidade, também é do estado do Acre. É esse o propósito, especificamente para a Reserva Extrativista Chico Mendes, que já leva o nome do ambientalista, de toda uma luta ambiental”, destacou.

Geração de renda para produtores da floresta
A Cooperacre trabalha com o beneficiamento da castanha-do-Brasil, borracha, polpa de frutas tropicais, palmito de pupunha e, em breve, com café, defendendo o desenvolvimento sustentável aliado à preservação da diversidade natural e cultural da Amazônia. Os produtos da cooperativa, oriundos de uma ampla rede de produtores e produtoras familiares agroextrativistas do bioma amazônico, e sendo produzidos em bases sustentáveis com agregação de valor em processos industriais com alto padrão de qualidade têm despertado interesse dos diversos mercados nacionais e mundiais.


Em 2023, a Cooperacre movimentou mais de 48 milhões de reais em bioeconomia. Somente na cadeia da borracha, foram produzidas 720 toneladas, gerando 8,6 milhões de reais. Com a coleta da castanha, o retorno ao produtor foi ainda maior: 24,5 milhões de reais com a comercialização de 350 mil latas de castanha (cada lata custa em média 70 reais).

Texto: Andréia Oliveira e Amanda Oliveira

Fotos: Alice Hainan

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